#e chorosa estou junto com Verônica
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toxiquewoman · 5 days ago
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Echoes of a Nightmare - Point of View
"I was never good for them. I can't save them because I never could save myself."
TW: espíritos, morte, sangue, menção à aborto nas notas.
A brisa fria ondulou mais uma vez a cortina espessa que cobria as janelas do corredor, provocando sombras fantasmagóricas nas paredes. Os candelabros bruxuleantes em cima dos móveis de mogno reforçaram a penumbra daquela noite, inquietando o jovem Axel que puxava a mãe sonolenta pela casa. O ar parecia mais pesado que o normal, saturado de umidade e um odor pútrido desagrádavel. Os corredores que antes eram luxuosos e dourados, pareciam desbotados refletindo um estado de intensa angústia. As tábuas de madeira envelhecidas rangiam a cada passo lento e ponderado que Verônica dava, quebrando o silêncio sepulcral da antiga casa de seus pais.  Seus olhos em um intenso azul vagueavam cada cômodo que passavam, hipervigilante de qualquer perigo ao qual o filho se referia. Segurava a mão de Axel firmemente para transmitir-lhe segurança, o mantendo próximo de si em todo o trajeto enquanto sua destra apertava uma pequena adaga em prontidão. Tudo parecia igual, um vazio inquietante que por vezes a fez esquivar-se da lucidez. Um longo suspiro escapou dos pulmões inflados de Verônica, fechando os olhos por um instante por extremo cansaço. Bastou instantes do rebaixamento de sua guarda para que um vento mais forte arrepiasse seus cabelos platinados, disparando uma corrente elétrica por seu corpo. Seus ouvidos logo capturaram o som de passos… 
Saltitantes, cadenciados, leves e pausados demais…Como um sussurro contra o assoalho que se projetava invisível para se observar.
Suas pupilas se dilataram, ampliando seu olhar para garantir que o corredor estava vazio e aquela era apenas uma peça de Viktor, acessando seu estado de dormência para induzi-la ao mundo onírico. Porém, quando escutou aquela doce voz seu coração deu um solavanco. Verônica sentiu seu sangue congelar nas veias, reconhecendo aquele timbre que não era de Axel, sibilava mais fino, feminino e suplicante. 
Na frente do último quarto estava uma garotinha pequena, com lisos fios loiros que enrolavam em cascata sobre os ombros. Seu vestido rodado estava amarelado pelo tempo, mas não deixava de transparecer sua beleza ao flutuar com a brisa. Os olhos, azuis como os seus, estavam tingidos em medo. 
“Mamãe!” “Eu quero te ver! Ele não quer que eu seja sua”
As palavras perfuraram os ouvidos de Verônica como algo letal. Ronnie se esforçou para expulsar o ar de seus pulmões, as pernas falhando quando impulsivamente seu corpo projetou-se para frente. De seu âmago um instinto opressor gritava para que ela rompesse a distância, se aproximando daquela figura que não podia ser, mas era… sua filha!
“Isabela, minha menina!”
As palavras saíram estranguladas, como se estivessem capturadas há muito tempo e implorassem por serem ditas. Verônica se aproximou, sua canhota sendo pressionada pelo filho que carregava um olhar desconexo daquela realidade.
Entrando no quarto infantil em tons rosé, Verônica reconheceu as várias bonecas de pano alinhadas na cômoda branca, o cavalinho de madeira com o tricô em seu assento e o berço nunca montado encostado no papel de parede de bailarinas. A figura que destoava dos detalhes que tanto conhecia era aquela que estava sentada bem ao centro: pequena, perfeita, sua promessa Divina! Abraçada a uma boneca, um baby rainbow, ainda estampava em sua face o mais profundo temor. Incapaz de conter seu instinto maternal por mais um instante, deixou que a adaga escapasse por entre os dedos de sua mão direita, ajoelhando-se no chão diante dela. Seus dígitos tomaram as bochechas pálidas enquanto um soluço estrangulado saía por entre os lábios partidos de Verônica “Você é real! Você está aqui! Axel, venha, se aproxime da sua irmã!” a loira exibiu um sorriso resplandecente que iluminou seu rosto, porém, ao procurar o mais velho sobre os ombros não enxergou o mesmo calor em seu filho.
Axel estava sentado há poucos metros de si com os lábios arroxeados, as mãos retorcidas em torno da adaga que estava manchada em um viscoso líquido escarlate. “Isabela nunca existiu, mamãe!” a voz barítono do garoto soou alto, mais grave que os seus protestos de dor. A pequenina mão do garoto pressionava o objeto contra o estômago, sua cabeça pendendo enquanto as forças se perdiam. 
Em uma atitude desesperada, Verônica puxou desajeitadamente o garoto, querendo traze-lo para si para que pudesse cuidar dele. Pressionou sua mão contra a ferida aberta, tentando suprimir a quantidade de sangue que escorria pela cavidade. “NÃO! AXEL” a voz exasperada suplicou em curtas palavras, os olhos atônitos procurando qualquer solução que pudesse remediar aquele momento. “Isabela, chame seu pai!” Verônica pediu imersa em um estado de confusão, sem saber como estancar o ferimento que a cada segundo tornava seu filho ainda mais sem cor. “ISABELA, CHAME SEU PAI!” ela gritou por mais uma vez, procurando a menina que parecia não ouvir-lhe. Sua canhota procurou a garota ao lado, porém, os dedos não a capturaram desta vez. Suas írises correram pelo quarto mais uma vez a tempo de ver um simples brilho perolado se dissolver no ar com os últimos vestígios daquele vestido rendado que tocou há poucos momentos. “NÃO!” mais uma palavra sufocada saiu de sua garganta, os lábios trêmulos salpicando em lágrimas irrefreáveis enquanto o vazio e o desespero se apossou do corpo da Magnusson. Ela abraçou o corpo de Axel o mais forte que pode, deixando que suas lágrimas caíssem pelo corpo agora tingido em um vermelho intenso. 
“Você não pode me salvar, m-am-ãe” a voz do garoto saiu rouca e com muita dificuldade. Verônica negou com a cabeça contínuas vezes, abraçando com mais força o tronco esguio do menor. “Axel, fique comigo!” ela implorou, suas lágrimas se fundindo com o sangue que manchava o garoto, fechando os olhos para que qualquer um pudesse atender sua prece. Antes que pudesse implorar por uma vez para que ele mantivesse a consciência, o corpo ficou inerte e mais leve. Forçando-se a abrir os olhos, Verônica viu a pior cena que poderia testemunhar em sua vida. Ali estava Axel, com as pálpebras fechadas, os lábios pálidos e com sua vitalidade drenada para fora dele. 
Ela gritou, um som agonizante do quão dilacerado estava seu coração naquela noite. Ela havia perdido não um, mas dois filhos em um piscar de olhos. Duas almas que ela não podia salvar e ali estava ela, despedaçada e sozinha, colapsada com a ruína de sua própria vida e das sombras que a engoliam. 
E então… ela acordou!
Seu coração estava disparado, como se ainda estivesse presa naquele repetitivo pesadelo. O denso suor cobria sua nuca e suas costas, a fazendo se revirar nos lençóis. Seus músculos estavam tensos, em alerta para a escuridão que ainda abrangia o seu dormitório. Porém, nenhuma escuridão era mais sufocante do que seus pensamentos. Real ou não, seu vazio no peito ainda persistia a fazendo se lembrar do que perdeu e daquele eco que consumia o local mais profundo de seu inconsciente. A loira acariciou a lisa barriga antes de deslizar os esguios dedos até seu medalhão que continha a foto de Axel. 
NOTAS/HEADCANONS: 
Verônica foi casada com Viktor por 10 anos, quando descobriu a traição dele. 
Antes disso, o casal já enfrentava dificuldades matrimoniais como mentiras, brigas e falta de contato. 
Viktor estava envolvido com a heroína há mais tempo do que a Verônica sabia e por isso quando Viktor notou que Ronnie estava grávida de sua sonhada filha, Isabela, realizou uma "intervenção". 
Verônica não pode mais ter filhos, devido a alta exposição de medicamentos que foi induzida. Porém, descobriu que a morte de sua filha foi provocada recentemente. 
Como diz a pensadora Kelly Clarkson “doesn't kill you makes you stronger”, por este motivo sua especialidade se tornou Manipulação Química para combate e com toxinas. 
Viktor Darkveil possui o poder de oneirocinese e por um tempo perturbou as noites de Verônica, este é o motivo pelo qual ela tem dificuldade de dormir a noite. 
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